Toda cidade vende uma tradição culinária, até as que não têm. Aqui não é diferente. Tirando o churrasco, isso de dizer que é pólo de comida alemã ou italiana é puro marketing. Como assim, comida italiana? As pizzas de Aju batem de dez, se é que eu entendo de pizza. Mas, vá lá.
O churrasco, sim, é uma produção local. No restante do país, mais recentemente, vários restaurantes difundem esta comida. Até então funcionava a carne assada, que é uma coisa totalmente diversa. No RS, em qualquer cidade, as ruas têm cheiro de churrasco. Não tem segredos, embora tenha, sim. É carne, fogo e sal grosso. Mas o autêntico tem que ser do vazio, que é uma peça das mais baratas e, ao mesmo tempo, a mais saborosa. Nas churrascarias mais simples, é esta a carne. E basta. O resto é sofisticação.
Os mortelentas
Uma das melhores pedidas aqui são os cachorros-quentes das ruas. Em São Leopoldo ou Porto Alegre, são, de fato, uma iguaria, feitos de lingüiças caseiras. Passo anos sem comer um desses, mas aqui é de lei. Com cerveja Polar.
Em São Léo, uma espécie de sanduíche persa, o Shoarma, é uma das melhores pedidas de comida rápida. Fica no centro, perto da rua Independência, e tem mesinhas de noite para umas cervejas e um papo. No inverno, é impossível sentar na rua, com o minuano cortando a alma em vários pedaços.
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
Pequeno roteiro para Porto Alegre
Em Porto Alegre por uma semana, com trabalho e reuniões do doutorado, na Unisinos. Desta vez nem tive condições de ver a sem graça São Leopoldo, que, não obstante, me dá saudades. Em PoA também tenho minhas trilhas, assim, para que o blog não descanse por tanto tempo, faço um pequeno recorrido para quem, por ventura, se aventure por esses trilhos urbanos.
É um guia pessoal, mas, olhando os demais, os que se apresentam como oficiais, publicados pela grande imprensa, cabe perguntar: e quem não é? Este é pessoal, mas sem jabá, sem o patrocínio escondido que induz o leitor aos lugares carimbado$$$.
I – Comer, comer
Aqui vivi, entre São Leopoldo e PoA, por cinco anos. Na condição de estudante, nem precisa dizer que jamais pisei num restaurante estrelado. Tem o lado bom, que é a disposição de farejar delicadezas como um bar-lanchonete-restaurante de comida palestina que havia na rua Riachuelo, próximo à Assembléia gaúcha. Como fecharam, ou mudaram de lugar e não avisaram, nem vale mais a dica. Só a lembrança.
O Mercado de Porto Alegre, como os da maioria das capitais, é um lugar que bem guarda preciosidades da região. Nele podem ser encontrados variados tipos de queijos, salames e a lingüiça alemã que aqui se chama “da colônia”. Chimarrão, inclusive o uruguaio, meu preferido, cachaças de toda a região sul, vinhos artesanais e das vinícolas da Serra Gaúcha, artesanato, bons cafés, outras iguarias e... restaurantes. Neles, variados pratos, de peixes à tradicional “La minuta”, a versão gaúcha do internacionalmente conhecido PF. Por 9 ou 10 reais come-se muito bem. O nome, “La minuta”, é uma dessas tonterias que alimentam o anedotário sobre gaúchos, de tão besta que é. Nem vale contar. Só comer.
(Amanhã tem mais, que o trabalho me chama).
É um guia pessoal, mas, olhando os demais, os que se apresentam como oficiais, publicados pela grande imprensa, cabe perguntar: e quem não é? Este é pessoal, mas sem jabá, sem o patrocínio escondido que induz o leitor aos lugares carimbado$$$.
I – Comer, comer
Aqui vivi, entre São Leopoldo e PoA, por cinco anos. Na condição de estudante, nem precisa dizer que jamais pisei num restaurante estrelado. Tem o lado bom, que é a disposição de farejar delicadezas como um bar-lanchonete-restaurante de comida palestina que havia na rua Riachuelo, próximo à Assembléia gaúcha. Como fecharam, ou mudaram de lugar e não avisaram, nem vale mais a dica. Só a lembrança.
O Mercado de Porto Alegre, como os da maioria das capitais, é um lugar que bem guarda preciosidades da região. Nele podem ser encontrados variados tipos de queijos, salames e a lingüiça alemã que aqui se chama “da colônia”. Chimarrão, inclusive o uruguaio, meu preferido, cachaças de toda a região sul, vinhos artesanais e das vinícolas da Serra Gaúcha, artesanato, bons cafés, outras iguarias e... restaurantes. Neles, variados pratos, de peixes à tradicional “La minuta”, a versão gaúcha do internacionalmente conhecido PF. Por 9 ou 10 reais come-se muito bem. O nome, “La minuta”, é uma dessas tonterias que alimentam o anedotário sobre gaúchos, de tão besta que é. Nem vale contar. Só comer.
(Amanhã tem mais, que o trabalho me chama).
sexta-feira, 25 de março de 2011
Muito barulho por nada
Sergipe tem coisas inusitadas. Enquanto no mundo inteiro as comunidades lutam para desviar de suas cidades as rotas das autoestradas, aqui , numa total inversão de valores , se faz o contrário . É o caso dos municípios da região sul , Cristinápolis e Umbaúba à frente , que já ameaçaram até fechar a BR-101 para protestar contra o projeto do governo , que prevê justamente o desvio da nova estrada duplicada do perímetro urbano destas cidades .
Na falta de assunto , tanto das autoridades como de nossa raquítica imprensa , deram voz a essa não-demanda. Os programas de rádio matinais , vespertinos e noturnos , desprezam qualquer compromisso com um jornalismo ético e se confundem com militantes de uma causa ignóbil . E a sociedade engole o pacote como “notícia ”, revestido de falsa relevância social , desemprego, crise no comércio e outras bobagens .
No mundo civilizado, o poder público não só providencia o distanciamento mínimo necessário , quando , nos casos em que não há solução técnica , constrói muros metálicos isolantes para proteger os moradores. A não ser que os porta-vozes de Cristinápolis e Umbaúba queiram mesmo isto : aprofundar nosso imenso atraso .
Cenas da vida real
O espetáculo das notícias , em três notas ligeiras. Uma brasileira residente em Londres ganha na Justiça indenização de 387 mil reais em ação movida contra a empresa onde trabalhava. O motivo do processo : colegas a apelidaram de “Bob Esponja ”, personagem de um desenho animado que tem a voz aguda e anasalada. E eu , pobre ignorante , nem sabia que uma brasileira lutava na Inglaterra contra tamanha monstruosidade.
Se houvesse isonomia no mundo , todos de minha infância estariam milionários , tal a quantidade de insultos e desaforos contidos em cada um dos apelidos que nos pespegavam, sem piedade nem exceção . Prometo reviver nos próximos dias , aqui no blog, alguns dos apelidos itabaianenses, arrolados em livro pelo pesquisador Vladimir Souza Carvalho . Alguns são de uma ternura comovente .
O ex-presidente de Israel, Moshe Katsav, é condenado a sete anos de prisão , após acusação de estupro. A esquerda festiva , inclusive a tupinambá , vê Israel como uma filial do inferno , sobretudo quando acende o conflito com os palestinos . Sem entrar nessa briga de brancos (se bobear , há mais motivos “justos ” do lado israelense do que em Gaza e Cisjordânia), o estado judeu construiu uma sociedade democrática . Por isso um presidente tarado vai parar no xilindró . Me volto à nossa democracia meia sola : aqui , o primeiro a acobertar criminosos é o Congresso , que confere imunidade parlamentar a autores de crimes comuns . E tenho dito : o Brasil apodreceu, há muito .
A delegação do Benfica de Lisboa, clube mais querido de Portugal, é emboscada em uma rodovia , após partida em que goleou um time local por 5 X 1. Despejaram sacos de pedras de cima de um viaduto , que atingiram os atletas e feriram o presidente do clube . Na Argentina, no mesmo fim de semana , uma partida pelo campeonato nacional resultou na morte de um torcedor . O futebol , diferente de tudo que dizem os atletas e dirigentes pacifistas , é o melhor lugar da barbárie . No Brasil, como no caso do estupro do presidente de Israel, esses crimes não dão em nada .
quarta-feira, 23 de março de 2011
DDR Museum – A vida cotidiana na Alemanha comunista
É interessante observar modos e utensílios de uma sociedade que busca a satisfação do necessário , sem lugar para o supérfluo , mas com o olhar lúdico que vendia a promessa de paraíso . Assim , a propaganda , embora de outra forma , atravessa a sociedade e seus produtos , exercendo o mesmo fetiche dos países capitalistas .
Umazinha pra dormir
De Hugo Chávez e sua geopolítica bolivariana: “Foi o capitalismo quem destruiu o planeta Marte ”. Deve ter fumado maconha estragada.
terça-feira, 22 de março de 2011
Cenas da vida real
O espetáculo das notícias , em três notas ligeiras. Uma brasileira residente em Londres ganha na Justiça indenização de 387 mil reais em ação movida contra a empresa onde trabalhava. O motivo do processo : colegas a apelidaram de “Bob Esponja ”, personagem de um desenho animado que tem a voz aguda e anasalada. E eu , pobre ignorante , nem sabia que uma brasileira lutava na Inglaterra contra tamanha monstruosidade.
Se houvesse isonomia no mundo , todos de minha infância estariam milionários , tal a quantidade de insultos e desaforos contidos em cada um dos apelidos que nos pespegavam, sem piedade nem exceção . Prometo reviver nos próximos dias , aqui no blog, alguns dos apelidos itabaianenses, arrolados em livro pelo pesquisador Vladimir Souza Carvalho . Alguns são de uma ternura comovente .
O ex-presidente de Israel, Moshe Katsav, é condenado a sete anos de prisão , após acusação de estrupro. A esquerda festiva , inclusive a tupinambá , vê Israel como uma filial do inferno , sobretudo quando acende o conflito com os palestinos . Sem entrar nessa briga de brancos (se bobear , há mais motivos “justos ” do lado israelense do que em Gaza e Cisjordânia), o estado judeu construiu uma sociedade democrática . Por isso um presidente tarado vai parar no xilindró . Me volto à nossa democracia meia sola : aqui , o primeiro a acobertar criminosos é o Congresso , que confere imunidade parlamentar a autores de crimes comuns . E tenho dito : o Brasil apodreceu, há muito .
A delegação do Benfica de Lisboa, clube mais querido de Portugal, é emboscada em uma rodovia , após partida em que goleou um time local por 5 X 1. Despejaram sacos de pedras de cima de um viaduto , que atingiram os atletas e feriram o presidente do clube . Na Argentina, no mesmo fim de semana , uma partida pelo campeonato nacional resultou na morte de um torcedor . O futebol , diferente de tudo que dizem os atletas e dirigentes pacifistas , é o melhor lugar da barbárie . No Brasil, como no caso do estupro do presidente de Israel, esses crimes não dão em nada .
domingo, 20 de março de 2011
Sobre Obama e heróis
O Blog do Sakamoto, do UOL, fala da saturação de 9 entre dez jornalistas com a cobertura da visita de Obama ao Brasil. Os profissionais dizem que não agüentam mais as chateações com pautas do tipo : a vida esmiuçada do cachorro da família . E este blog acrescenta: as matérias sobre as comidas que os Obama iam comer (iam, porque escrevo na manhã do domingo e, a essa altura , não me perguntem o destino de tantas iguarias . Salvo um cenário pior e, neste caso , estômagos e intestinos presidenciais estariam agora vivendo revoluções por minuto ).
Na verdade , o fastio dos jornalistas se estende a nós , de fora da tela , com a corrida desesperada deles em busca de audiência . A lógica é cruel : supõe-se que o público , da mesma forma que gosta do BBB, aprecia singelezas como : gatinhos presos em chaminés , cachorrinhos achados vivos sob os escombros de um terremoto . E por aí vai. Nos dias seguintes , temos de encarar : a volta do cachorrinho ao lar , o encontro com seus donos , a volta à escola , a volta ao trabalho , o primeiro cocôzinho. Como diria a hiena do desenho animado : oh céus , oh vida !
O “fator Barack Obama” é sua condição de primeiro presidente negro , democrata, numa quadra da História em que os Estados Unidos tem suas posições abaladas como centro do Império . Aí , sim , está a fonte de notícias . E aí , nos permitam estes jornalistas de TV , muito mais sensacionalistas do que profissionais , não interessa os minutos gastos com os pequenos Obamas e a bicharada dos pequenos .
Essa overdose de pseudo-notícias ainda mata o jornalismo . Ou , como dizia Caetano, já nos inocentes anos 60: “quem lê tanta notícia ?”
sábado, 19 de março de 2011
Ainda há quem empunhe o "Yankee, go home"
segunda-feira, 14 de março de 2011
De exemplos e de pebolistas
O post de hoje começa com essa jóia dos clichês : a liberdade não tem preço . No mundo infestado da autoajuda, essas frases podem significar nada ou , como é mais comum , representar algum golpe do guru-malandro da hora . Soa ainda mais lugar- comum se levarmos em conta que pretendemos adentrar o campo dos boleiros. Melhor dizendo tudo : nos referimos ao ex-técnico do Fluminense , Murici Ramalho .
domingo, 13 de março de 2011
Comentário sobre alguns comentários no blog
De Stéfano Cavalcante, que reclama da marcação dos jogos do campeonato sergipano nos horários das partidas dos grandes campeonatos , como do Rio e SP. Diz ainda que gostaria de levar o filho para o estádio , mas , com a coincidência de horários , fica em casa vendo Ronaldinho no Flamengo . Por fim : que o público no Batistão, nesses dias de jogos na TV, perde para o dos bares que exibem as atrações.
De Anselmo Oliveira , que também lamenta o horroroso nome de River Plate para um clube do interior sergipano , mas reclama que fomos garfados no Engenhão para favorecer o Botafogo.
Creio que nem preciso acrescentar , tal a contundência das duas afirmações. Apenas colocar outros ingredientes na discussão sobre o eterno insucesso do futebol local .
Há um mês o blog elogiou a iniciativa do governo do Estado em reformar os estádios , referindo-se especificamente ao Presidente Médici, de Itabaiana, que ganhou novo placar e teve o anel das arquibancadas completado. Boas medidas , claro . Mas pecou feio em manter a insignificante quantidade de cadeiras , que , se já era pequena , foi reduzida para a construção de cabines de emissoras de rádio e TV.
O pior vem com a desculpa “técnica ” dos engenheiros da obra : para aumentar as cadeiras , teriam de construir uma nova cobertura . Enfim , no século 21, com tantas opções práticas e baratas , a engenharia local ainda vê dificuldades em construir uma cobertura para uma parte de um estádio de futebol .
Do leitor Mário, sobre os problemas na segurança pública e a atuação da polícia . Lembra que , em 2008, 13 presos foram retirados da delegacia de Cristinápolis e outros cinco da cadeia de Santa Luzia do Itanhy por 20 policiais e submetidos a sessões de tortura e ameaças . Que o governo prometeu inquérito , como se diz nessas horas , mas até hoje não apresentou uma resposta .
1)Não reconhece este blog como instância jornalística e, portanto , não está nem aí .
2) Não tem nada a declarar a este ou qualquer outro meio jornalístico .
sexta-feira, 11 de março de 2011
O fim é agora
As águas de março este ano vieram mais cedo . Começaram em janeiro em Petrópolis e seguem agora no Sul . Depois , Austrália e hoje é o Japão, atingido com o terrível mix de terremoto + tsunami. Em Aracaju, o Twitter pode falar por uma mostra bem representativa da cidade : nunca houve um fim de ano tão quente .
O mundo na TV
Os desastres de hoje salvam os profissionais de televisão de sua modorrenta tarefa de esticar não-notícias. Se alguém duvida desta afirmação, fique doente 24 horas e experimente zapear pelos canais disponíveis . A Globo News não tem vergonha de ler a mesma nota desde as 6 da manhã às 9 da noite .
O Carnaval
sexta-feira, 4 de março de 2011
Perorando sobre o futebol local
Os campeonatos regionais estão morrendo. Vão acabar em breve . Com eles , morre junto o futebol de pequenos estados , como o nosso , que só não está na Série “E”, porque simplesmente ela não existe. Diferente da maioria, torço para times locais e penso que , mais que um assunto de esporte , é a sobrevivência de nossa cultura própria . Não acho graça em nenhum esporte que não seja futebol e, dentro dele, só vibro com as peladas nos nossos campinhos. Quando , finalmente , o futebol local der o último suspiro , encerro também meu interesse pela metade das coisas pelas quais ainda me interessava. Vou de volta aos meus velhos livros , talvez cuidar de um jardim , viver meu mundo de autista .
A Atalaia paga 30 mil para os quatro principais clubes , muito pouco , mas nem é isso o que importa. Interessa saber que existe um canal local apostando, quase na contramão , num evento da nossa cultura . A compreensão que têm vale mais que os 30 pilas. Já a TV Sergipe, além do boicote vergonhoso e desonesto , contrariando, inclusive , a Rede Globo , inventa um torneio paralelo , de futsal , só para ofuscar o já combalido futebolzinho sergipano . O doutor Albano, um homem de bem , não pode compactuar com uma sacanagem dessas.
PS: Ah, não gosto de um time que desavergonhadamente se chama River Plate, essa idéia maluca de marketeiro de província , mas temos de dizer : foi roubado no palco iluminado do Engenhão, com o Brasil inteiro de cúmplice , só para mostrar que no futebol a arbitragem é apenas um detalhe , que só funciona quando não contraria o interesse principal .
quinta-feira, 3 de março de 2011
Desviando do foco
O episódio que envolveu a prisão do cantor de axé André Lélis ganhou desdobramentos na imprensa , sobretudo na baixaria matinal do rádio , mais ou menos com a seguinte questão : se teve ou não o dedo do ex-deputado Fabiano Oliveira . Trata-se, como se vê , de uma discussão de fofoca . Isso não interessa. O que interessa é: a polícia , que, pela enésima vez , age com arbitrariedade e, o que é grave , à margem dos comandos . Aqui , como nos demais estados , temos uma polícia acima das leis , dos governos e da sociedade . É este o problema .
E deixemos Fabiano pular seu carnaval sossegado.
Alô, dom Arns: tortura nunca mais , não . Tortura aqui , sempre .
quarta-feira, 2 de março de 2011
Polícia para quem precisa
O episódio com o cantor baiano preso por desacato , conforme a velha alegação policial , é apenas mais um dos vários que semanalmente engordam o noticiário da imprensa local . Só ganham publicidade os casos mais violentos , ou , como este , quando envolvem algum “peixe graúdo ”. O assustador é que esse perigo fardado se amplia agora para guardas de trânsito , como o caso do ambulante que apanhou e tomou choques elétricos em via pública , mesmo dominado e algemado. Seguranças de casas de espetáculos também aderiram à truculência . Pais com filhos em festas públicas ou privadas , tremam. As feras estão soltas e impunes .
A resistência dos guardas municipais de Aracaju contra uma medida tão óbvia como o desarmamento , é tão acintosa que nos perguntamos: como é que não tinham tomado uma decisão dessas antes ? Como também é vergonhoso que o comando da polícia militar permita que alguns dos seus servidores trabalhem sem identificação . É como se estivessem premeditando a má conduta .
No fim , resulta a impressão de que , tanto no caso dos guardas municipais da capital , como nas contendas da PM-SE, mais do que os governos que pagam e mantêm estes exércitos , quem paga a conta mais amarga é a sociedade , o tempo inteiro feita refém pelos dois lados da violência e do crime , que , em alguns casos , se misturam e confundem a todos.
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