terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Batistão é patrimônio cultural


Espero que o governo do Estado, que, diferente das gestões anteriores, fez muito pelo futebol sergipano, não caia nesse conto da sereia de demolir o velho Batistão. A ver pelo que fez com os demais estádios, recuperando-os e devolvendo um pouco de vida a nosso combalido futebol, não creio que prospere uma idéia insistentemente martelada numa das colunas da praça. A ver, também, pelo fato de que se trata de um blog financiado por uma construtora, resta crer que tudo se resume a isto: um tremendo lobby para tomar na tora aquele filé imobiliário pertencente ao povo de Sergipe.
Até porque no ano passado o governo fez um evento para anunciar uma fantástica reforma na nossa maior praça de esportes. A idéia de demolir o glorioso Batistão, que fez a alegria de muitas gerações, nem merece comentário, tal é a fragilidade dos argumentos que se escondem atrás de um (possível) interesse empresarial. É uma causa vergonhosa demais para alguém com juízo encampá-la.
Primeiro: se fosse urgente tirá-lo dali, o que viesse em seu lugar, obviamente, teria de atender o interesse social. Uma praça, parque, escola ou algo assim. Segundo: para onde levaríamos um novo estádio, ou arena, como dizem os defensores? Para a região do Mosqueiro, agora chamada pelos futuros candidatos a vereador de Zona de Expansão? Ou seja, o morador do Japãozinho estaria, pela própria inexistência de um sistema de transporte em Aracaju, desconvidado a assistir os jogos.
Se a idéia prosperar, volto ao assunto aqui, com a energia que ele merece.

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