terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A república dos cabeça chatas


Volta e meia, esse tema reaparece na mídia, através de ocorrências criminosas que atualizam o preconceito. O ataque a nordestinos, ou gays (ou o que seja, porque dá no mesmo) não deve ser minimizado. Fico intrigado como aqui no território da Internet ou nas rodinhas pretensamente críticas (antes diríamos: de esquerda), atribuem essas coisas sempre a conspirações políticas. Não raro, o conspirador-mor é a Rede Globo. Agora mesmo, com os ataques da avenida Paulista, ouvi a explicação de um desses teóricos de calçada: isso é invenção da Globo. Grande explicação!
Quem conhece esse tema, particularmente a xenobia, tão recorrente na velha Europa, atribui tais comportamentos a crises econômicas, dificuldades no mercado de trabalho, diferenças culturais, intolerância religiosa, por . Se formos por esta explicação, a palhaçada brasileira não se enquadra. Aqui a economia nada em braçadas desde as últimas décadas, o emprego não é hoje um grande problema nacional e a mistura das três raças que forjou essa figura chamada de O Povo Brasileiro é, ao contrário, uma solução, nunca o problema.


A Oi daqui e dos outros

Com o perdão do trocadilho infame, diria que a Oi, antes de pegar fogo, há muito estava queimada com seus usuários. Mas vale citar um exemplo que mostra como a empresa se comporta conforme o gosto do freguês, ou melhor, a passividade deste. No Rio Grande do Sul, onde, como aqui, imperava sozinha, desfrutando do maravilhoso monopólio combatido pelas esquerdas, oferecia um serviço de banda larga de 1 mega, com uma conexão que, pela boa qualidade, parecia se aproximar realmente da velocidade oferecida. Chegou a GVT e entrou no mercado ofertando 10 megas a um preço menor. Na época, fui um dos que migrou para a redentora GVT, que me permitiu ir do purgatório ao céu cibernético.
Aqui a conversa da Oi é na base de uma conexão equivalente à discada, que não permite ver o You Tube sem interrupções. E cara, pois, sem enxergar concorrência no horizonte, impõe os preços que quer.
O curioso é que hoje, na esfera dos poderes públicos, universidades e entidades como as ONGs, além dos yuppies governamentais, o discurso da inclusão é a oração obrigatória, como se eles, em algum momento, perseguissem esse objetivo. É cascata. Em termos de Internet, estamos como a África mais atrasada.

As desordens da “Ordem

estava mesmo na hora de alguém rever o espúrio exame imposto pela Ordem dos Advogados do Brasil aos advogados recém formados. Se há problemas com os cursos de Direito, que a pretensiosa OAB denuncie, mande fechar ou conspire, como é de seu feitio. Impor o exame é um desaforo contra a sociedade livre. está na hora, também, de algum historiador rever o papeldemocrático” da OAB nacional e das OABs regionais nos processos políticos.
Aliás, no seu estilo coronelista, a entidade reagiu ao desembargador federal Vladimir Souza Carvalho, autor da decisão que suspende o exame, com uma atitude canalha: foi buscar um parente do juiz reprovado no exame para justificar as razões que inspiraram sua decisão.
uma coisa: Vladimir Carvalho vale mais do que todos os presidentes de OABs nacionais e estaduais juntos, em toda a história, nos variados campos que se queira considerar: moral, pessoal, profissional, político.

Nenhum comentário: