Matéria publicada no site da Prefeitura de Aracaju, em 28/08/2018, sobre o projeto de comunicação pública da Secretaria de Comunicação da PMA para o município de Aracaju. Dentre as inovações adotadas, a criação da TV PMA, canal audiovisual no patamar digital.
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TV PMA modifica paradigmas da comunicação pública
Agência Aracaju de Notícias
24/08/2018 09h10
Assim como a mídia impressa mudou ao longo dos anos e a cada dia migra mais para o mundo digital, a televisão também se modernizou com o passar do tempo e galgou outros espaços para manter sua popularidade entre os meios de comunicação e acompanhar as novas gerações. A comunicação pública não poderia se furtar das diretrizes da modernidade e a gestão da Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Comunicação (Secom), entende que comunicar também é uma forma de ser transparente. Por isso, além dos outros mecanismos utilizados na comunicação, desde o ano passado, planejou, amadureceu e colocou no ar a TV PMA, um recurso a mais que atua não somente como um difusor das ações da gestão, mas também e principalmente como um canal para se aproximar de quem realmente importa para a administração municipal: a população de Aracaju.
O ponto inicial para a formação da TV partiu da cobertura dos trabalhos desenvolvidos pela Prefeitura de Aracaju, como uma espécie de projeto piloto para o que viria ser o canal que, embora esteja na internet, possui todas as características e conceitos de televisão, sobretudo pela sua grade que, ao todo, conta com cinco programas: Antes e Depois, Na Boca do Povo, Giro PMA, Descubra Aracaju e Cultura e Saber.
Como órgão diretamente ligado às ações da Prefeitura, quando concentra todas as informações que serão repassadas para conhecimento da população, a Secom também segue os moldes do objetivo do prefeito Edvaldo Nogueira em fazer de Aracaju uma cidade humana, inteligente e criativa. Por isso, compreender a necessidade de se adequar ao mundo digital foi o que levou a TV PMA para dentro da internet.
" A TV nos moldes tradicionais, o conceito de televisão que vem da época da rádio difusão, começa a ser implodido. A televisão como a minha geração conheceu, por exemplo, deixa de existir. Dentro do ambiente digital, ela carrega o nome de TV porque pretende usar recursos das TV tradicional como, por exemplo, uma grade de programação, um repertório, um acervo de produtos audiovisuais, de entrevistas, de serviços, de entretenimento, tudo o que a televisão carrega com ela historicamente. Mas, a nossa perspectiva é de que a nossa linguagem deve ser apropriada, buscada e construída dentro do ambiente da internet, ou seja, a gente já vem construindo novas gramáticas audiovisuais, novas formas de atuação no meio digital, mas, levando a proposta de uma TV, radicalizando, inclusive, as possibilidades dessas linguagens. Todas essas possibilidades a gente vem apostando para trazer um pouco do conceito tradicional de televisão, porque o público se identifica com ele e a gente se aproveita disso, mas, tentando construir uma nova abordagem, novas linguagens", ressaltou o secretário municipal da Comunicação, Luciano Correia.
A quebra de padrões, contudo, foi o que levou a comunicação da Prefeitura a um dos seus propósitos que é justamente o de buscar o diálogo com a população e se fazer compreender. "Não adianta pensar só na emissão, em produzir conteúdos e não se preocupar com a recepção, se não, você não consuma a relação de comunicação. Comunicação é ida e volta. Então, a gente explora essa relação dialógica, ou seja, o tempo inteiro mantém um diálogo constante até para saber o que a população, que é o nosso público, quer", reforçou Luciano.
Mudança de paradigmas
Enquanto a comunicação de alguns órgãos e instituições ainda se mantém firme nos padrões, a Secom percebeu que os antigos paradigmas estavam ficando obsoletos e não mais conseguiam alcançar o público da mesma forma. A inquietação do Jornalismo histórico ganhou novas plataformas e foi preciso se adaptar para fazer da mensagem uma via de mão dupla, como deve ser.
"Tudo o que existia em termos de comunicação e de comunicação pública, por assessorias, por secretarias como essa, ficou para trás. Eu digo que é o mundo analógico que está desaparecendo. A gente tem que pensar a nossa inserção nesse novo mundo com a elaboração de novas linguagens, com novos produtos, com novos conceitos, novas práticas, até mesmo uma ética que busque refletir o ambiente digital, mantendo todos os compromissos do Jornalismo como uma conquista histórica para a humanidade. Tudo está por se fazer no que toca as políticas. Temos essa consciência. Acredito que estamos avançando muito na construção de uma TV moderna, ágil e adaptada a esses tempos que a tecnologia atual permite", afirmou o secretário.
No novo cenário, a Comunicação da Prefeitura de Aracaju trabalha com a unificação. "Já tínhamos o site e as redes sociais e queríamos agregar o meio de comunicação mais popular, daí surgiu a TV PMA. A ideia foi deixar o conteúdo que se produz na Prefeitura, que é centralizado na Secom, todo entrelaçado. O que se produz no site vai pra TV, o que se produz na TV vai pra o site e tudo isso vai para as redes sociais. Uma das missões da TV é ser mais um agente na Prefeitura", ressaltou a diretora de Imprensa da Secom, Tirzah Braga.
Mais do que comunicar, a estratégia é fazer com que a população passe a conhecer a realidade de Aracaju como uma unidade, como partes de um todo que compõe a ideologia de qualidade de vida. "Uma pessoa que mora no 17 de Março não tem como saber o que acontece no Santo Antônio e vice-versa, a não ser que trabalhe do outro local. Então, a gente tenta mostrar isso a todo mundo e mostrar que isso é para a cidade como um todo. Não é porque está agindo num bairro que a pessoa do outro não vai se beneficiar. Estamos construindo uma cidade melhor, as pessoas precisam entender e saber disso e só vão conseguir ver dessa forma se a gente comunicar direito", frisou Tirzah.
Migração e feedback
Migrar a TV para a internet e levar a mensagem até as redes sociais foi um trabalho que reforçou a unidade da comunicação da Secom e, nessa tarefa, o público foi essencial porque somente com o feedback dado a cada ação foi possível encontrar o meio de chegar a mais pessoas.
"Quando decidimos fazer as lives, com assuntos de utilidade pública e serviços da administração, nas redes sociais, por exemplo, recebemos o retorno imediato por parte da população que está nos assistindo. Graças a essa interação quase que instantânea podemos chegar mais perto dos problemas que surgem na cidade e, através da comunicação, poder levar aos órgãos competentes e, assim, garantir maior resolutividade das situações. Esse retorno do público também ajuda a nos pautar, não só a TV PMA, mas toda a Secom. A comunicação é tão híbrida que não existe separação de setor, todos trabalham juntos na construção", salientou o coordenador da TV PMA, Gustavo Costa.
No desafio de migrar o conteúdo, a jornalista Dayze Lima é a ponte entre a TV e as redes sociais da Prefeitura de Aracaju. O cuidado com a linguagem é um dos pontos que norteiam o seu fazer diário. "Cada meio tem uma linguagem própria, então, temos a cautela de adaptar o nosso trabalho. Quando fazemos a transição da TV para as redes sociais, por exemplo, entendemos que a linguagem das mídias digitais é mais direta, simples, rápida, mas, sem descuidar da qualidade da informação. Mesmo antes de a TV se consolidar, nós já tentávamos usar uma linguagem que pudesse atrair mais o público, mesmo na produção dos nossos quadros. A gente sempre pensa em quem vai assistir", contou.
Números
Além dos comentários e questionamentos que chegam através das redes sociais ou até mesmo pelas ouvidorias da Prefeitura, outro importante termômetro das ações da TV vem através dos números de acessos registrados.
Para se ter uma ideia, a média da TV PMA é de cerca de quatro mil visualizações por mês, sendo que, em julho, foram postados 19 vídeos e, somente na última quinzena desse mês, 14 novos perfis se inscreveram no canal, números significativos para a gestão pública."A nossa ideia é expandir ainda mais, bem como a gestão como um todo tem feito", pontuou Tirzah Braga.