No Egito, os militares tomaram logo as rédeas do movimento , antes que aquilo encaminhasse, de verdade , as providências de uma revolução popular . Mas nada anula a força da praça Tahir, que pode, a qualquer momento , levar de novo as multidões excluídas ao protesto. Porque a exclusão é a demanda principal das pessoas insatisfeitas com o antigo ou com novos regimes que não levem isso em conta .
Na Líbia, um moribundo Kadafi tenta sobreviver com um argumento patético : que a insurreição é comandada por Bin Laden-Al Kaeda. Quis comover a “comunidade internacional ”, mas ninguém deu bola . Poderia ter dito que o grito de pega-ladrão de lá vem acompanhado de interesses econômicos dos compradores de petróleo , que prefeririam – olhe aí , sempre ela , a tradição – uma Líbia dividida em três , formada pelas nações tribais em que se dividem seus seis milhões de habitantes , população da cidade do Rio de Janeiro . Vendedor dividido é vendedor fraco, o melhor dos mundos para o comprador.
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