O assunto foi manchete na semana passada e, quando se esperava uma negativa do operoso governo do ex-comunista Goldman (ele é judeu e comunista , mas o gene judeu prevaleceu), o presidente da Fundação Padre Anchieta, que reúne os canais citados, João Sayad, disse que sim , que ia dar uma aparada e não-sei-o-quê-mais, aquele lero-lero dos insuspeitos tucanos paulistas . Sayad é um tortinho. Dizem os psicólogos que pode-se dizer muito de um sujeito pelo olhar , pelo caminhado, a voz , a íris , e por aí ... Já vi esse Sayad andando e tem o ar do pateta , embora cobiçado até em terreiros adversários . Foi secretário de Marta Suplici na prefeitura de São Paulo, mas de Marta e do PT de São Paulo, não espanta . Enfim , Sayad, aquele que de besta só tem a cara , confirmou as piores intenções do governo paulista para as gloriosas TV e rádios Cultura .
Siba o chato
Ouço na Cultura AM, nessa tarde de domingo , dia dos pais , Elomar, Caetano cantando o grande Odair José, Cordel do Fogo Encantado e, na trilha dos eruditos , o pernambucano Siba, ex-Mestre Ambrósio. Siba é uma figura . Uma figura lamentável , se me entendem. Em TV, rádio ou jornal , já entrevistei artistas , intelectuais , políticos , dentre estes , dois presidentes da República . O primeiro , Lula , desde os tempos de fundação do PT até sua primeira candidatura à Presidência . O segundo , um ditador formatado, o coroné Sarney, no Maranhão, um ano após passar a faixa ao pillantra alagoano . Com toda a fama (merecida, por sinal ) de arbítrio e intolerância “dos Sarney”, o velho em si , mesmo sendo o capo chefe da famiglia, conserva os modos de um ex-presidente. Digo mais : Sarney seguia vestindo o figurino de estadista , que foi, mais que os desmandos apontados no seu governo , o que ele mais perseguiu enquanto no poder .
Fiquei surpreso em encontrar , na imensa e confortável casa na praia do Calhau (mas sem luxos nem esnobismos ), em São Luís, um político que , à época , bem poderia estar adentrando o inevitável ocaso , enfrentado por 99 entre 100 detentores do poder (vejam o caso de FHC, que parece uma assombração pairando tontamente com suas obsessões ). Nada . O velho Sarney me recebeu, junto com a equipe da TV Difusora, que se apresentava na época como quase uma oposição ao seu domínio no Maranhão, com uma gentileza digna do cargo que ocupara. Se dizia que a emissora que eu trabalhava era , na verdade , do senador Epitácio Cafeteira , na época seu barulhento opositor , depois devidamente agraciado com os mimos que o tornaram um aliado até hoje . Daí gravamos uma entrevista de 24 minutos , que foi ao ar , além da própria emissora , na TV Sergipe, pelas mãos do então diretor Carlos França. Me impressionara, sobretudo , o domínio de política externa e a forma como Sarney ainda mantinha um diálogo com seus pares latinoamericanos.
As referências a entrevistados considerados importantes na hierarquia natural do jornalismo é para chegar à insuportável figura deste Siba, alguém que entrevistei para a TV Caju no Forró-Caju de 2004 ou 2005, já não lembro. A diretora Sônia Pedrosa, que gostava muito do meu programa na casa , o “Contraponto ”, pediu que eu fizesse uma entrevista no estilo do programa , até porque já fizera outra muito interessante com o “Cordel do Fogo Encantado”. O Siba fez questão de ser desagradável do começo ao fim , sempre buscando desqualificar minhas perguntas , ora estranhando, ora negando, enfim , com um mau humor de estrela afetada . E eu ali pensando porque não mandava o puto à referida que o pariu, afinal , para mim , tanto fazia ir para o estúdio ou fazer o programa dos bastidores do Forró-Caju, onde se deu a tentativa de entrevista . Na verdade , eu cumpria gentilmente um pedido de minha diretora. Siba que se lascasse com suas viadices.
360 minutos sem ver um revólver
Falei aqui antes do filme “Gainsbourg”, sobre a vida do cantor francês . Anteontem vi “Nothing personal” (é impossível saber como se chamará no Brasil, pois esses tradutores escolhem os títulos mais esquisitos ), produção irlandesa, ou melhor , que se passa na Irlanda. Até porque hoje os filmes são produtos totalmente multinacionais , envolvendo produtores diversificados e capitais de vários lugares . Direção de Urszula Antoniak, sobre uma moça de saco cheio do mundo , que vai viver numa remota região costeira da Irlanda e encontra um velho eremita vivendo numa casinha na beira de um lago . Filme intimista, cerebral , poético e, sobretudo , triste .
Um comentário:
Agora!!!! Beleza, vou poder comentar toda vez que ler seus posts!!!
Beijossssssssss
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