De volta à querida tabinha, quase não leio jornal impresso . É um mau sinal , para eles , claro . Mas uma ligeira olhada nos diários me faz pensar nas coisas de que se ocupam jornais , jornalistas e colunistas . Talvez a crise que eles vivem, independente da crise maior dos impressos no mundo inteiro , tenha a ver com isso : o que eles pautam para suas páginas . Não custa lembrar , já que esquecem sempre , que o jornalismo é serviço público . Propaganda e publicidade são outra coisa e têm lugar determinado , fora dos tradicionais espaços do jornalismo . O “esquecimento ” dessas regras básicas fragiliza ainda mais uma instituição que , no nosso caso , já é historicamente frágil .
O resultado de tudo isso é que o mundo que sobressai desses jornais parece incrível , fora da realidade , sem problemas . Vejamos o caso das editorias políticas . Resumem-se a cumprir uma função que interessa mais aos disputantes de cargos públicos , atuais e futuros . A reproduzir as lutas dessa classe especial , não raro representando seus interesses e, pior , incorporando seu modo de vida . Isto significa: viver , agir , pensar como a turma que dirige. Isto é lamentável . O jornalismo assim não serve a causa nenhuma e, na primeira oportunidade , os que se servem de seus veículos trocam isso por qualquer coisa .
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